Câmara Municipal de Pouso Alegre

Data: 29/04/2004

Situação: Mantido

Autoria: Firmo da Motta Paes

Assunto: Dirijo-me à presença de Vossa Senhoria para apresentar minha retratação quanto ao depoimento lavrado no dia 23 do mês em curso, quando intimada para comparecer a essa Promotoria de Justiça e relatei fatos referentes ao fornecimento de lanche para pessoas estranhas aos quadros desta Câmara Municipal, o que, de fato, aconteceu quando de alguma comemoração de aniversário de algum servidor ou Vereador, quando é feito um rateio das custas de um bolo ou produto similar, quando esta servidora levava parte do que fora servido à ex-servidora desta Casa, Luise, que agora trabalha na loja de propriedade do marido da secretária geral de administração, Sra. Fátima Belani.

Quanto às esporádicas vezes que levei um pão com manteiga para a jovem Luise, a Senhora Fátima Belani tinha ciência do fato, bem como, dos pães “amanhecidos” que ficavam na geladeira desta Casa e não eram aproveitados para fazer torradas, eram levados para casa por mim ou pelo servidor José Antônio, também com o consentimento da secretária geral da Câmara, Sra. Fátima Belani.

Que muitas pessoas tomam lanche na Câmara, nos horários reservados para tal,, mas nunca houve intenções desonestas de quem quer que seja. E que, ao contrário do que relatei naquele dia, motivada pelo nervosismo das circunstâncias, os Presidentes mencionados no depoimento, Dr. Firmo e seu antecessor, Mauro César, não estavam a par destas práticas, até porque sempre houveram muitas pessoas de fora tomando café na Câmara, como jornalistas, secretários e servidores da Prefeitura, gerentes de bancos, representantes de editoras, etc., como também acontecia com o ex-marido da Senhora Sônia Cabral, que também foi funcionário da Câmara em determinada época e freqüentava a Casa, geralmente na hora do café, razão pela qual sentava-se à mesa para servir-se.

E nada mais havendo a acrescentar, esse é o meu relato, que peço seja juntado ao respectivo processo.