Câmara Municipal de Pouso Alegre

Tipo: Legislativo

Data: 03/12/2019

Protocolo: 04517/2019

Situação: Aprovado

Regime: Ordinário

Quórum: Não Específicado

Autoria: Bruno Dias

Assunto: DISPÕE SOBRE DENOMINAÇÃO DE LOGRADOURO PÚBLICO: RUA GERALDINELI GARCIA (*1958 +2019).

Texto: Art. 1º Passa a denominar-se RUA GERALDINELI GARCIA, a atual "Rua C", do bairro RESIDENCIAL JARDIM IPÊ, que tem início na rua Luiz Borges Netto e término na rua Izabel Prado da Silva. Art. 2º Revogadas as disposições em contrário, a presente Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificativa: Geraldineli Garcia, nascido no dia 02 de Outubro de 1958 na cidade Pouso Alegre-MG, filho da Dona Joséfina (Joséfina Matilde Garcia) e do “Seu Melo” (Ormindo Garcia de Melo). Fez o primário no Grupo Escolar Dom Otávio e o ensino médio parte no Colégio Estadual Dr. José Marques de Oliveira, parte no Colégio Pouso Alegre. Participou também da JUP – Juventude Unida Pousoalegrense. Em Pouso Alegre, jogou no time do Real e no Nacional Futebol Clube. Inclusive, 30 anos depois, conseguiu reunir os jogadores desses times da época e reviver a lembrança fazendo jogos comemorativos com os mesmos jogadores nos dias mais atuais, reunindo colegas que não se viam a mais de 30 anos e fortalecendo laços que haviam se distanciado. Já em Brasília, teve grande participação nos campeonatos amadores, se destacando por ser um centroavante goleador, consagrando-se artilheiro de vários deles. Dizia ele que uma de suas grandes conquistas foi poder jogar com seu filho e neto no mesmo time. Sua vida começa a mudar quando aos 19 anos incorpora como soldado às fileiras do Exército (14 GAC), no ano de 1977. Daí para frente, parece que foi tudo muito rápido em sua vida, pois pouco tempo depois, em 81, foi para a Escola de Sargentos no Rio de Janeiro, onde formou-se sargento mecânico de viaturas do Exército e mudou-se para Brasília em 1982, transferido para o Batalhão da Guarda Presidencial. Casou-se com Maria Andréa Silveira Garcia e teve dois filhos, Cristiane e Thiago. Possuía três netos, Douglas, Renan e Miguel. Em 1991 deu baixa do Exército. E em 1994 tornou se funcionário do Tribunal de Contas da União no concurso para Mecânico de Automóveis, ficando até aposentar por problemas da saúde. Em Brasília, organizou diversas excursões para a cidade de Caldas Novas com os amigos do Exército Brasileiro, na década de 90. Sempre teve características de liderança e de agregação. Era responsável por fortalecer grandes laços de amizades em sua vida pessoal e no seu ambiente de trabalho. Anos depois, também foi responsável por organizar festas no barco, no lago Paranoá, nas datas comemorativas como dia dos namorados e réveillons. Sua vida sempre foi marcada por ações altruístas. Com uma infância e adolescência com poucos recursos e grandes responsabilidades de um filho mais velho de uma família na década de 70, aprendeu muito cedo a partilhar o que tinha para viver. Caracterizava-se por ser correto, íntegro, leal, honesto, bondoso, justo, sempre preocupado com o próximo. Tinha um coração enorme, que não cabia no peito. Nem pensava duas vezes em ceder o que fosse preciso, para satisfazer a necessidade de quem tivesse ao seu lado. Por essas e outras qualidades que ele fez centenas de amizades por onde passou. Seu amor ao próximo não tinha fronteiras, classe social, religião, cor, idade, sexo. Era um sentimento puro, que existia por si só, dentro de sua essência. Uma capacidade incrível de ser empático, de se colocar no lugar do outro, de resolver o problema de quem está ao seu redor. Sempre com seu jeito carinhoso, com bom senso e preocupação. Geraldineli também mudou a vida de muitas pessoas ajudando-as a entrar no mercado de trabalho impactando no ambiente de muitas famílias, proporcionando-lhes dignidade, oportunidade de educação e crescimento profissional. Foi articulador, agregador, um grande líder. Sempre tomava a frente dos eventos, festas e gastava toda sua capacidade de negociação em várias situações do dia a dia, mediando conflitos. Não media esforços para de alguma forma melhorar o ambiente em que estava. Não conseguia ver alguém passando por uma situação difícil sem se envolver. Logo, entrava na jogada e dava um jeito de ajudar, tentar resolver a situação, amenizar a dor. O tamanho do seu ombro amigo era infinito, pois sempre estava ali, disposto a acolher mais um. Após sua morte, ficamos refletindo e pensando que todos nós temos que de algum modo tentar ser um pouquinho do “Dineli” para sermos pessoas melhores. Afinal o que vale nessa vida mesmo, é isso: nossos valores, atitudes, as coisas boas que fizemos uns pelos outros. O resto é resto, desaparece com o tempo. Poucas são as pessoas que passam desse mundo em que vivemos e fazem tanta falta. Temos a certeza de que ele cumpriu sua missão por aqui. Combateu o bom combate, acabou a carreira, guardou a fé. Deixou um punhado de ensinamentos, um grande legado. Dizem que uma pessoa só morre quando é esquecida, por isso Geraldineli Garcia será lembrado por muitos e muitos anos na mente e coração de todos com que conviveu. Que lembremos de você com muita alegria e amor no coração. Temos certeza que já faz alguns dias que o céu está em festa e Deus te recebeu de braços abertos. Que possamos todos nos encontrar algum dia na eternidade. Obrigado por tudo que nos proporcionou nessa vida! Geraldineli faleceu no dia 16 de Março de 2019.