Câmara Municipal de Pouso Alegre

Data: 09/04/2019

Protocolo: 01292/2019

Situação: Despachado

Regime: Ordinário

Autoria: Leandro Morais

Assunto: Moção de Aplauso ao historiador e escritor Fernando Henrique do Vale, pelo lançamento do livro Catedral de Pouso Alegre: Espaço de Fé e Sociabilidade.

Texto: ao historiador e escritor Fernando Henrique do Vale, pelo lançamento do livro Catedral de Pouso Alegre: Espaço de Fé e Sociabilidade.

Justificativa: Sua obra historiográfica contribui de forma significativa para os anais da história nacional e mineira, bem como a do município de Pouso Alegre, através seus vastos conhecimentos e suas palavras elaboras, eternizou a nossa querida Catedral Metropolitana nos registros históricos, ampliando a memória e o conhecimento dos estudiosos e entusiastas do assunto. Ser escritor é ser alguém privilegiado, detentor de um presente divino doado a muitos, mas não a todos, e para alguns, de forma muito especial, mais abrangente, mais criativa, mais útil, mais sensível, seja para a cultura, seja para a educação, seja para a alma. O escritor é aquele que é dotado da capacidade de expor, através das letras, o seu conhecimento, sua sensibilidade, sua criatividade. Entrega, a todos, a bagagem que carrega ou que busca dentro de si ou no seu semelhante, de forma simples ou complexa, clara ou obscura, suave ou categórica, real ou ilusória, marcante ou passageira, bem ou mal humorada. Ser escritor é sentir correr nas veias a necessidade de transmitir o que se sabe, o que se cria, o que se sente. É honrar, antes de tudo, a si mesmo, dando vazão à sua ânsia de partilhar com o silêncio, os seus sonhos, seus pensamentos, sua imaginação, seu sofrimento, sua alegria, sua dor, sua viagem interior, suas dúvidas, suas certezas, suas promessas, suas descobertas, oferecendo-as, posteriormente, ao leitor. É respeitar, em igualdade, o seu leitor, aquele que busca nas letras um momento de lazer, divagação, questionamentos, saber, interesses pessoais pois, tantas e tantas vezes, coloca-se como protagonista do que lê ou, até, como fonte de inspiração. Ser escritor é sentir-se em constante ligação com o desconhecido, o mistério, o ideal, o espaço, o abstrato, a ficção, o real, o imaginável, o futuro, o presente, o passado. É visualizar na mente o não vivido, o querer viver, o fazer de conta que viveu. É saborear uma ponta de vaidade ao se descobrir portador da voz do leitor, o binóculo de sua alma, o seu interlocutor, tendo poder de minimizar suas próprias dores ou de extravasar a alegria que já não cabe dentro do peito, quando se encontra só. Transformando o silêncio em som constante, ouvindo as palavras da própria alma. É possuir a capacidade da fácil introspecção, de se manter na solidão, ausentando seus pensamentos dos movimentos ao seu redor, para uma viagem de encontro ao turbilhão que existe dentro de si ou ao vazio do momento, discorrendo com facilidade inteligível sobre fatos, descobertas ou sonhos.