Câmara Municipal de Pouso Alegre

Tipo: Legislativo

Data: 09/10/2018

Protocolo: 02427/2018

Situação: Aprovado

Quórum: Maioria de 2/3

Autoria: Adelson do Hospital

Assunto: CONCEDE O TÍTULO DE CIDADÃO POUSO-ALEGRENSE AO CÔNEGO VONILTON AUGUSTO FERREIRA.

Texto: CÔNEGO VONILTON AUGUSTO FERREIRA

Justificativa: Cônego Vonilton, nascido na cidade de São Sebastião da Bela Vista – MG, em 21 de junho de 1965, veio de uma família tradicional e católica, filho de Augusto Ferreira e Ana Eugênia Ferreira, e o irmão caçula de Vitor, Vera Helena, Vera Lúcia e Ana Maria, teve uma infância travessa e muito comum ao de qualquer garoto da sua época, mas também foi um menino muito participativo na igreja de sua comunidade, assumindo o papel de coroinha desde pequeno. Sua inclinação ao seminário aconteceu aos 13 anos, quando comunicou aos seus pais e irmãos sobre seus planos futuros. Sua decisão não foi tão bem recebida aos olhos de seu irmão mais velho, Vitor, hoje falecido, que mostrou certa resistência até então. Seus pais e as outras irmãs, no entanto, ofereceram apoio. O decorrer dos anos trouxe maior aceitação à sua vocação e já não causava tanta estranheza a família e, aos seus 15 anos passou a morar em Pouso Alegre para ingressar no Colégio São José, tradicional escola católica de nossa cidade, para cursar todo o ensino médio, onde ali deu seus primeiros passos rumo ao que tanto sonhava. Ao terminar o ensino médio com 18 anos, deu início a carreira e iniciou o curso de Filosofia no Seminário Arquidiocesano de Pouso Alegre. Foi o primeiro grande passo para se chegar até aqui. Aos seus 21 anos, mudou-se para Taubaté – SP para cursar bacharelado em Teologia pelo Instituto Teológico Sagrado Coração de Jesus e no fim do curso, com 23 anos, não tinha a idade mínima para receber a ordenação diaconal. Partiu então, para o Rio de Janeiro em busca de mais uma formação, um mestrado em Teologia, e nesse ínterim recebeu uma autorização do Bispo e para sua surpresa, no dia 28 de dezembro de 1988, na cidade de Paraisópolis – MG, recebeu sua ordenação diaconal. Passado algum tempo, em 21 de julho de 1990 recebeu a ordenação Presbiteral na Paróquia de São Sebastião, na cidade de São Sebastião da Bela Vista – MG, sua cidade natal. Daí, partiu novamente ao Rio de Janeiro para então assumir sua primeira igreja: a paróquia de Nossa Senhora de Copacabana. Retornou a Pouso Alegre aos 29 anos, assumindo então a paróquia de Nossa Senhora de Fátima como Padre e Pároco, permanecendo por dez anos em nossa cidade. Em 2001 deixou a Paróquia de Fátima seguindo para o Santuário de Santa Rita de Cássia na cidade de Santa Rita do Sapucaí, onde foi eleito o presidente do Educandário Santa-ritense (mantenedora da FAI e do Colégio Tecnológico de Santa Rita do Sapucaí). Cônego Vonilton nunca imaginou ir para a área de direito e administração pois tinha planos de fazer comunicação para atuar dentro da igreja. No entanto, o futuro reservava surpresas e em 2004, a pedido da própria diocese seguiu para Roma, na Itália, para um mestrado de um ano em Direito Canônico pela Pontifícia Università Lateranense. Quando retornou, cheio de novas ideias e aprendizados, fundou o Tribunal Eclesiástico da Arquidiocese de Pouso Alegre, mas ainda assim regia a paróquia de Santa Rita do Sapucaí. Em 2013 assumiu a Basílica de Nossa Senhora do Carmo em Borda da Mata – MG, porém residindo em Pouso Alegre. Em 2014, regressou definitivamente para nossa cidade assumindo a Catedral Metropolitana de Pouso Alegre como pároco e reitor, onde permanece até a presente data. Exerceu também outras funções como: juiz do Tribunal Arquidiocesano, professor de direito canônico da Faculdade Católica de Pouso Alegre, entre outras. De lá para cá, realizou muitas obras e trabalhos sociais: ? Ampliação e reforma da Igreja Matriz de Nossa Senhora de Fátima; ? Construção da Igreja de Santa Rita de Cássia no bairro Belo Horizonte; ? Reforma e restauração das igrejas: Capela de São Camilo, Capela Nossa Senhora de Fátima, Capela Nossa Senhora Aparecida, Capela São José e várias outras capelas rurais e urbanas; ? Aquisição de terreno no bairro Cidade Jardim e início da comunidade católica de São Sebastião; ? Reforma do prédio da Cúria Arquidiocesana; ? Reforma dos relógios da catedral; ? Idealização e realização da iluminação externa da Catedral em parceria com a Prefeitura Municipal de Pouso Alegre. Cônego Vonilton, atua há 28 anos como padre, e por todo esse tempo sempre pregou o amor ao próximo, realizando um trabalho de acolhimento devido a uma sociedade individualista, fria e indiferente, pois acredita que falte nas famílias um cuidado maior uns com os outros, perdendo então a valorização da verdade, da simplicidade e da compaixão. Segundo suas palavras, a força transformadora está na naturalidade, e em não perder as raízes da humanidade. Para sermos referência, exige-se uma boa conduta pois é isso que a palavra de Deus nos cobra. Como conselho, Cônego Vonilton pede para que deixemos Nosso Senhor fazer uma mudança interior, pois a revolução de Jesus é o amor! Para reflexão, deixou este poema: O Paradoxo do Nosso Tempo Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente. Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio. Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar. Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas". Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'. Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado. Bob Moorehead