Brasão

Câmara Municipal de Pouso Alegre

Sino.Siave 8

Tipo: Legislativo

Data: 24/03/2025

Protocolo: 01063/2025

Situação: Devolvido ao Autor para Recurso ou Adequação

Regime: Ordinário

Quórum: Não Específicado

Autoria: Fred Coutinho

Assunto: DISPÕE SOBRE A ALTERAÇÃO DA DENOMINAÇÃO DO BAIRRO “DISTRITO INDUSTRIAL” PARA “DISTRITO INDUSTRIAL VITO MARIOSA”.

Texto: Art. 1° Passa a denominar-se "Bairro Distrito Industrial Vito Marioza", o atual "Bairro Distrito Industrial". Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação

Justificativa: Vito Marioza filho de Antônio Marioza (italiano) e Maurícia Pelegrini Marioza, (filha de italianos) nasceu em Pouso Alegre aos 16 de dezembro de 1924, sendo de uma família de 12 irmãos: José, Conceição, Francisco, Sebastião, Benedito, Vito, Geraldo, Adalberto, Roberto, Terezinha, Silvia e Rita. Seu nome é originado do Santo Vito, padroeiro da cidade natal de seu pai que era de Sapri (Itália). Desde garoto demonstrou seus dons como metalúrgico tendo a habilidade em construir máquinas para o desenvolvimento de uma indústria metalúrgica. Aos 15 anos, no ano de 1939, foi para São Paulo morar com a sua tia Amélia Pelegrini e tentar trabalhar por lá. Foi se candidatar como soldador na Ford, então Fábrica de automóveis, e, foi o sucesso, pois tão jovem já era um soldador de primeira linha sendo visto e elogiado por um dos donos da fabrica que foi chamado para ver tal evento. A Agência Ford se encontrava na Av. Celso Garcia, em São Paulo, Capital. Devido à sua habilidade de trabalhar no setor metalúrgico foi contratado para trabalhar em Santos, como soldador de casco de navio. Sua experiência e habilidade em trabalhar com ferragens e maquinários ultrapassou o que havia de comum passando a trabalhar como torneiro mecânico e tudo mais que se relacionava com a área de metalurgia. Depois de alguns anos Vito retorna para Pouso Alegre e aí inicia, junto com os irmãos a Metalúrgica Marioza, (Estamparia, Litografia e Mecânica), destinada à fabricação de embalagens metálicas, de folha de flandres (folhas de aço revestidas de estanho), para produtos alimentícios tais como manteiga, doces, polpas de frutas, banha dentre outros A Metalúrgica Marioza foi instalada no ano de 1952, com técnica própria na Avenida Independência, hoje Avenida Dr. João Beraldo esquina com a rua Monsenhor José Paulino. Foi a indústria pioneira instalada na cidade de Pouso Alegre que empregava operários do sexo masculino e feminino. Vito tinha a facilidade de observar uma máquina operadora e fazer outra semelhante com adaptações que superavam a que havia visto. Fabricava as máquinas operatrizes com a técnica de uma linha de produção, observando-se a segurança dos operadores, e ainda com a facilidade de maior produção em série. A matéria prima começava em operações das mais simples e insignificantes, para sair em produtos perfeitos e acabados, e, abastecia o mercado da região. Em 1957 a produção da Metalúrgica Marioza já ultrapassava a casa de 1.000 unidades diárias das especialidades de latas litografadas a todos os produtos alimentícios. Fornecia para pequenos e grandes consumidores, não só do Estado de Minas Gerais como também para outros Estados da Federação. A Metalúrgica Marioza, devido à expansão, teve a sua instalação transferida para o Jardim Industrial Marioza com a finalidade de funcionar em barracões construídos para tal fim. Com a decisão de encerrarem as atividades da Metalúrgica Vito Marioza passa a buscar outra atividade montando uma Serralheria onde fabricava portões e esquadrilhas metálicas. Dentre alguns trabalhos feitos na cidade de Pouso Alegre temos a destacar o serviço de ferragem feito no Clube Literário e Recreativo de Pouso Alegre, e na Igreja do Santuário da Imaculada Conceição de Maria. Em muitos outros imóveis encontram-se trabalhos artísticos feitos pelo então Vito Marioza inclusive os realizados na casa que residia. Em 1970, Vito Marioza resolve mudar-se, com sua esposa e filhos, para Cuiabá, Mato Grosso, para iniciar novo empreendimento indo desbravar o serrado de Mato Grosso com um trator de esteira, Fiatallis AD7 B. Começa aí uma nova etapa de sua vida. Trabalha desmatando o serrado em fazendas situadas no pantanal, e, outros serviços em Rondonópolis, Pedra Preta, e cidades ao redor de Cuiabá, tais como Cáceres, Poconé, Tangará da Serra, Jaciara, Araputanga, Quatro Marcos, Nobres, Diamantino, Cidade Sinop, Cidade Vera e Cidade Sorriso, abre estradas como a Transpantaneira, a estrada de Cuiabá à Santarém junto com o 9° Batalhão de Engenharia e Construção (9° BEC), abre ruas e infraestrutura da cidade de Pontes e Lacerda, dentre outras. Em 1975 resolve voltar para Pouso Alegre com máquinas de terraplanagem para trabalhar na região do Sul de Minas. Novos empreendimentos surgem paralelamente, pois o seu ideal de fabricar algo na área da metalurgia continua a povoar seus pensamentos. Vito não para por aí em suas realizações e passa a fabricar antena parabólica usando de novas técnicas por ele criadas. Passa a fabricar carrinhos de mão utilizados na Construtora Marioza e outras Construtoras da região. Fabrica container utilizado em obras de construção de imóveis, fabrica grades e portões, inclusive portões eletrônicos para residências. Em 30 de janeiro de 2018, Vito Marioza falece em sua residência, aos 93 anos, de insuficiência cardíaca. Deixa esposa Maria Aparecida Silva Marioza e dois filhos, Antônio Silva Marioza e Ivan Silva Marioza, netas e noras.


Arquivos

Tipo Descrição Extensão Data Tamanho
Distrito Industrial .pdf 24/03/2025 246,8 KB
.pdf 24/03/2025 206,1 KB

Tramitações

1

Remetente: Secretaria

Destinatário: Dr. Edson

Envio: 24/03/2025 - Prazo: 03/04/2025

Objetivo: Despachar

Complemento: Segue para despacho de admissibilidade, nos termos do § 2º-A do art. 243 do Regimento Interno.

2

Remetente: Secretaria

Destinatário: Edson Raimundo Rosa Júnior

Envio: 24/03/2025

Objetivo: Despachar

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